Vídeos: greve na UEMG completa um mês sem proposta do Governo de Minas

Fotos e vídeos: divulgação

A Universidade do Estado de Minas Gerais está em greve desde dia 1° de Maio. As Unidades de Divinópolis e Cláudio, atendendo centenas de estudantes, muitos de Itaúna, aderiram totalmente ao movimento.

Docentes reivindicam uma mesa de negociação com o Governo de Minas para melhorias nas condições da Universidade. Contudo, até o presente momento, o governador Romeu Zema não se reuniu com os professores para negociar solução aos problemas.

Atualmente, os professores da UEMG recebem o pior salário dentre todas as 109 universidades públicas do país. Universidades Estaduais da Bahia, de Londrina, do Maranhão, do Piauí, de Santa Catarina, do Amapá, estre várias outras: todas pagam melhores salários aos professores, com planos de carreira com Dedicação Exclusiva e maior valorização.

Alguns docentes e técnicos da UEMG recebem menos que um salário mínimo, com vencimentos de R$ 974,00. Muitos trabalham mesmo doentes, pois o Governo de Minas pratica uma ilegalidade de cortar o salário em 40% para quem entra em licença médica e maternidade.

Nos últimos 10 anos os vencimentos dos professores diminuíram 76%, com perda inflacionária. É urgente um reajuste que recomponha pelo menos a inflação, pois o reajuste de 3,62% proposto pelo governo estadual é irrisório, comparado aos 300% de aumento no salário do próprio governador.

Em 2023 e 2024, o Governo Estadual cortou 100 milhões de reais do Orçamento da Universidade, gerando suspensão e cancelamento de vários projetos de pesquisa e extensão.

Por fim, somente este ano, mais de 500 bolsas de monitoria foram cortadas dos estudantes da UEMG.

Após várias tentativas infrutíferas de diálogo com o governador Romeu Zema, a ADUEMG – Associação dos Docentes da UEMG, em Assembleia, tomou uma última decisão e deflagrou greve em todas unidades acadêmicas, para que a Comunidade Universitária possa ser ouvida e o Governo Estadual apresente urgentemente soluções aos problemas.