Sete anos depois e a creche ficou pronta
As mães que sonharam matricular seus filhos na creche do bairro Cidade Nova em 2014 para que pudessem trabalhar fora e ajudar no orçamento familiar ficaram pelo caminho. A obra da creche do bairro Cidade nome, que recebeu o nome de CMEI Yvette Gonçalves Nogueira, levou sete anos, sete longos anos, para ser terminada e finalmente inaugurada. As mães viram as suas crianças crescerem e a obra parada. Licitação, mais licitação e mais licitação. Contrato desfeitos, empresas irresponsáveis, poder público inerte. Abandonada a obra esteve por muito tempo e muitas vezes e virou uma ruína.
Mas como toda novela um dia tem fim, a creche “Dona Yvette” (pronto, já apelidei) foi inaugurada e deve abrir suas porta para as crianças de até três anos serem acolhidas para que as mães possam trabalhar. Uma grande obra, ficou bonita, espaçosa e bastante aconchegante. Esperamos que tenha mesmo terminado, que siga sem problema estruturais e que permita que 120 mães possam trabalhar com tranquilidade sabendo que seus filhos estão seguros e cuidados.
Carnaval
Carnaval em Itaúna acabou faz tempo. Como era bom ficar, ficar na praça Luiz Ribeiro esperando a hora de subir a Silva Jardim e ir sambando até o Hotel Ponto Chic onde as escolas dispersavam. Mas, se não existe mais o glamour do carnaval das escolas de samba na cidade e nem dos blocos de antigamente (eu pessoalmente adorava sair no Pomba Rola) que seja como é hoje, uma mistura de samba, rap, sertanejo, axé e tudo que existe de sons neste país que alegram as pessoas e as tiram de casa para mostrar sua alegria, seu respiro.
Que venha o carnaval no próximo ano. Eu ficarei dentro de casa, como faço nos últimos anos já que o modelo atual da festa do Momo não me atrai, mas vamos respeitar as pessoas que querem brincar, se divertir.
Defendo este ano a festa porque foram dois anos muito sofridos para todos nós.
Nas redes há um movimento para que o carnaval não aconteça por causa das mortes pela pandemia ou ainda aqueles posts meio bobos (bobos por completo) do tipo: “reclama do preço do arroz, mas compra ingresso para o carnaval”. Nada, gente. Vamos comemorar que estamos vivos, que sobrevivemos, sem esquecer que perdemos pais, amigos, parentes, mas estamos vivos.
E não devemos esquecer que o carnaval é uma festa onde circula dinheiro para gente mais humilde, inclusive. Muita gente espera com por esta festa com ansiedade para conseguir melhorar o faturamento e pagar contas, ou até mesmo fazer uma viagem, comprar algo, não interessa o quê. Mas, desde o comércio de venda de latinhas, passando pelas bebidas, comidas, adereços, som, montagens de arquibancadas, costureiras, comércios, etc, é muito dinheiro que circula numa cidade como Itaúna que tem a festa reconhecida na região.
Então, velemos todos os dias nossos mortos pela pandemia, mas a gente pode também comemorar a sobrevivência.