Saúde!
Esta semana assistimos com tristeza o encerramento do atendimento às crianças pelo Hospital São Lucas, em Belo Horizonte. É realmente de se lamentar o fechamento de qualquer unidade de saúde, porque para que elas sejam criadas e se tornem prontas para atendimento são anos de espera, mas as crises financeiras da área da saúde no Brasil são cotidianas e o fechamento atinge muito mais unidades que podemos imaginar. Os investimentos feitos pelos governos são pequenos diante das necessidades da área.
A saúde neste nosso país está nas últimas mesmo. A espera pelas cirurgias eletivas tem uma fila de 26.000 pessoas em Minas Gerais. Para que elas aconteçam e acabem com o sofrimento destas milhares de pessoas é preciso de leitos disponíveis em CTIs, preciso de profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, de laboratórios, pessoal de limpeza, um sem-número de pessoas para que as cirurgias aconteçam. Ah, os medicamentos também, que estão em falta, de novo etc. Não há que se discutir se os enfermeiros e técnicos de enfermagem merecem receber o novo piso salarial. Eles tiveram seu trabalho reconhecido durante a pandemia porque, mais que qualquer outro profissional da saúde, enfrentaram uma doença altamente contagiosa, muitos morreram por que se infectaram nos hospitais, muitos ficaram meses sem ver a família para que não fosse contaminada, enfim, uma grande batalha que foi vencida por eles.
Este reconhecimento veio por causa da pandemia, mas estes profissionais devem ser reconhecidos o tempo todo porque o tempo todo estão batalhando por vidas.
Mas, de onde tirar mais dinheiro para os novos salários? Assim, como o Conselho do Hospital Manoel Gonçalves jogou a toalha porque não sabe de onde tirar mais recursos para tantas despesas, além da dívida eterna que possui, centenas de hospitais pelo país estão na mesma situação e cidades também porque enfermeiros não trabalham apenas em hospitais.
Podemos esperar pelo reajuste na tabela do SUS para ajudar aos hospitais do país e ao nosso também. Mas, ainda assim serão necessários muitos outros recursos. Gustavo Mitre ajudou mais que qualquer outro deputado e não só com recursos financeiros.
Mas, uma instituição de saúde precisa de muitos recursos mensalmente porque as despesas são muitas. No caso do Manoel Gonçalves, um grande peso nestas despesas é o pagamento dos juros da dívida de 10 milhões de reais que tem com os bancos.
Acho que a gente desta cidade deve pensar sobre isto com mais vontade, mais pé no chão. Acho que a gente pode deixar a responsabilidade nas mãos de uma pessoa, o compromisso de que, conseguindo uma cadeira no Congresso Nacional, de tudo fará para que o nosso único hospital não fique na corda bamba, deixando a população assustada, com medo de amanhã não ter onde buscar atendimento. Osmando já se comprometeu com a cidade outras vezes e cumpriu. Transformou Itaúna. Agora ele se dispõe a trabalhar para acabar com este suplício. Vamos confiar no seu comprometimento e vamos cobrar a vinda de dezenas de milhões de reais para a saúde do Hospital e outras áreas como ele sempre cuidou.
Publicado na edição impressa do jornal GAZETA DE ITAÚNA, de 16/09/22, edição 996