Rafael Monteiro confessou que matou Sheilla enforcada e esfaqueada, depois de agredi-la com telhas
Delegados falam das investigações do desapareciemnto de Sheilla Angelis de Almeida (Reprodução)
A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou em coletiva na tarde de ontem, quarta-feira, 4, o andamento das investigações do desaparecimento da motorista de aplicativo, em Divinópolis, Sheilla Angelis de Almeida, no dia 9 de setembro.
No dia 27 de setembro um corpo, já em estado avançado de decomposição foi encontrado em Marilândia, distrito de Itapecerica. Segundo os familiares o corpo seria de Sheilla, mas a Polícia não confirmará esta identificação até o resultado de um exame de DNA, que deve sair nos próximos dias.
O delegado Wesley Castro, disse que o suspeito Rafael Monteiro de Sena confessou ter matado Sheilla. Rafael foi preso, junto com a namorada, Letícia Joice de Oliveira, no Rio, no dia 1º. Ele disse que matou a moça depois de asfixiar, agredi-la com telhas e colocá-la dentro do porta-malas do carro, esfaqueou por quatro vezes as costas de Sheilla.
O delegado disse que primeiro ele a asfixiou, mas ela não se entregou. No chão, ao redor do carro havia pedaços de telhas que ele usou para bater na cabeça dela, mas ela ainda resistia e ele então pegou uma corda no próprio carro de Sheilla e tentou mais uma vez enforcá-la
“ela desfaleceu. Ele corta a corda, e usa uma das partes para amarrar os punhos dela, com o outro pedaço ele amarra os braços dela ao corpo. Depois a colocou no porta-malas do próprio carro e desferiu quatro facadas nas costas delas”, disse o delegado.
No dia do crime Wesley pediu uma corrida por volta de meio dia no aplicativo. Tentou aleatoriamente, as foi Sheilla quem aceitou a corrida. O delegado disse que já era a premeditação do crime, estar com ela, estudar seus movimentos.
Mais tarde, por volta das 8h30, Rafael volta a pedir uma corrida, mas usando um celular emprestado de uma pessoa na Praça do Santuário.
À Sheila, ele disse na ligação que era o mesmo homem que ela tinha conduzido mais cedo. O motivo do celular emprestado era apagar a ligação feita antes do crime que pudesse levar à sua identificação.
Não foi informada qualquer outra motivação para o crime que não fosse roubar o carro.
Depois do crime, o corpo de Sheilla foi abandonado e o casal, Rafael e Letícia, foram para o Rio de Janeiro.
Letícia afirma que não teve participação no crime. Ela não estava com ele no momento do assassinato e quando soube, na hora que o corpo foi abandonado, chegou a pedir para que ele se entregasse e disse que o entregaria, mas ela passou a ser ameaçada por Rafael.
Ela se encontrou com Rafael, depois do crime, quando pediu um carro de aplicativo para ir ao entro do namorado. Ela contou ao motorista que estava de mudança para o Rio. Entre as malas, levava dois gatos.
O casal já estava estabelecido no Rio, os dois estavam empregados.
Nas investigações feitas pela Polícia Civil Rafael já estava identificado como envolvido, dois dias depois do desaparecimento de Sheilla por causa do uso do cartão pessoal em um pedágio.
“A prisão dele foi solicitada no dia 14 de setembro e decretada pela justiça no dia 15. Foi uma prisão preventiva já que as provas levando até ele eram mais fortes, inclusive em uma das praças de pedágio, aliás em mais de uma, ele fez o pagamento com seu próprio cartão de crédito”, explica o delegado regional Flávio.
Foi por causa dos gatos, maus tratos, que eles foram detidos no Rio, e lá foram identificados como envolvidos no desaparecimento quando a Polícia consultou o carro no sistema e descobriu que era roubado.
O casal ainda está preso no Rio de Janeiro e deve ter a transferência feita para Divinópolis.