Pró-Saúde faz diagnóstico para melhorias e intervenções necessárias no HMG
A situação financeira do Hospital Manoel Gonçalves, que se arrasta há anos, levou o prefeito Neider Moreira a decretar estado de calamidade em saúde pública, no dia 6 de outubro. Com o decreto é possível, como já aconteceu no dia 7, que a prefeitura faça repasses emergenciais para que a instituição continue prestando assistência à população.
No início do mês de setembro os membros do Conselho Curador do Hospital Manoel Gonçalves renunciaram após a notícia do novo piso da enfermagem, R$ 4.750, um aumento nas despesas mensais de R$ 730 mil, com um orçamento que passaria para um déficit mensal de quase R$1,5 milhão.
Em documento o Conselho Curador apontou ainda a baixa remuneração do SUS, com defasagem de 600% e congelada há 14 anos, a redução das cirurgias eletivas; o aumento das cirurgias de urgência que têm teto para pagamento do SUS. Ainda são citadas as novas unidades doadas ao hospital como a unidade de AVC e nova maternidade, mas apenas as estruturas foram doadas e têm suas despesas por conta do hospital e somam quase R$ 300 mil mensais a mais nas despe-sas.
Uma assembleia foi marcada para dia 29 de setembro para definir a nova provedoria mas ninguém quis o cargo de provedor.
Sem ninguém para administrar a casa de saúde restou ao Município intervir e contratar uma consultoria para fazer um diagnóstico hospitalar.
Foi nomeada uma comissão provisória com três representantes sendo o secretário de Saúde, Fernando Meira; o presidente da Câmara, Alexandre Campos, e o conselheiro do Hospital, o empresário José Guilherme Gonçalves Penido que atuará junto com uma empresa que deve administrar o hospital.
O prefeito Neider Moreira fez circular um vídeo onde explica o decreto e informa a contratação de uma consultoria paulista, a Pró-Saúde, que trabalha em gestão hospitalar, para realizar estudo sobre a questão financeira do Hospital e apontar soluções.
Neider ainda informou sobre a transferência de dois milhões de reais para pagamento em atraso de fornecedores e prestadores de serviço.
Nesta terça-feira, 11, o prefeito se reuniu com a empresa de consultoria que trouxe um diagnóstico da situação.
Na reunião foram definidas questões no sentido de qual formato a Pró-Saúde – Gestão Hospitalar e Soluções em Saúde – vai dar, as intenções do Município para uma eventual intervenção dentro de um pla-no de ação; questões relevantes de aspectos jurídicos desse plano.
Na próxima semana será feita uma nova reunião para alinhamento jurídico para o modelo final de contratação e numa segunda reunião, apresentação final do diagnóstico com melhorias e intervenções que a Pró-Saúde considerar necessárias.