Polícia prende vereador suspeito de rachadinha
O vereador de Nova Lima, Tiago Tito, e o seu chefe de gabinete foram presos ontem, dia 11 de maio. A operação que culminou na prisão “Operação Contrato Leonino”, da Polícia Civil e Ministério Público, investiga crimes de rachadinha na Câmara Municipal de Nova Lima.
Durante a operação foram cumpridos 13 mandados em casa de assessores e um empresário da construção civil que estaria sendo beneficiado com licitações fraudulentas. Na Câmara foram apreendidos celulares, documentos e notebooks.
O vereador é investigado além da rachadinha, que é quando um servidor público devolve parte de seu salário ao político, de participar de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e uso de documento falso, dispensa irregular de licitação e lavagem de dinheiro. A condenação nestes casos pode chegar a 12 anos de prisão.
O esquema da rachadinha foi denunciado por uma ex-assessora do vereador. Ela decidiu que não devolveria mais parte do salário para o político e por isto foi ameaçada.
O seu salário era de R$ 3 mil e devolvia R$ 2 mil ao vereador. Ela ficou grávida e saiu em licença maternidade quando recebeu proposta de um salário de R$ 9 mil, mas teria que devolver R$ 7 mil ao vereador.
Com o aumento no salário, a assessora perderia alguns benefícios e como teria que devolver grande parte deixou de ser vantajoso para ela que se negou a devolver. As ameaças podem ter sido cumpridas quando o carro da assessora foi queimado na garagem da sua casa.