Operação “Segunda Pele” da Gaeco investiga crimes fiscais em Itaúna
Fonte: MPMG
Nesta quinta-feira, 17 de dezembro, foi deflagrada em todo o Estado de Minas Gerais a “Operação Segunda Pele”, que apura a prática de crimes de organização criminosa, sonegação tributária e lavagem de capitais praticados no setor de comércio de couro derivado do abate de animais. A operação é fruto da integração entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Coordenadoria Regional da Ordem Econômica e Tributária do Triângulo e Noroeste, da Promotoria de Justiça de Santa Vitória e do Gaeco, com a Receita Estadual, Polícia Militar e Polícia Civil.
A “Operação Segunda Pele” se destina ao cumprimento de 47 mandados em diversas regiões de Minas Gerais, em especial Zona da Mata, Vale do Aço, Sul de Minas, Centro-Oeste, Norte, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Estão sendo cumpridos 13 mandados de prisão preventiva. Os alvos são empresários, coureiros (atravessadores), contadores e “laranjas” que emprestaram seus nomes para a abertura de empresas de fachada. Além disso, estão sendo cumpridos 34 mandados de
busca e apreensão em todo o Estado.
A operação é resultado de uma investigação conjunta do Ministério Público e Receita Estadual de Minas Gerais, por meio da Superintendência Regional de Uberaba, que perdura há mais de um ano e que tem por objetivo combater um estruturado esquema criminoso de sonegação fiscal operado por uma organização criminosa que adquire couro de frigoríficos e abatedouros de animais em Minas Gerais e os vendia para outros estados, utilizando-se de interpostas pessoas físicas e jurídicas para o não pagamento do imposto devido.
Conforme apurado, o esquema criminoso causou um enorme prejuízo para os cofres públicos de Minas Gerais, contabilizados apenas os últimos cinco anos, que supera os R$ 62 milhões declarados e que poderá ultrapassar R$ 100 milhões após auditoria do Fisco.
Segundo a investigação, o Estado de Minas Gerais vem sendo lesado há anos por essa organização criminosa, a qual atua na clandestinidade e encontra-se voltada a criar estruturas falsas apenas para simular a aparente legalidade de suas atividades.
A operação decorre de decisão do Juízo da Comarca de Santa Vitória. Participam das diligências três promotores de Justiça, 75 servidores públicos da Receita Estadual, dois delegados da Polícia Civil, 32 policiais civis e 70 policiais militares, contando
com o apoio operacional das regionais dos Gaecos de Uberlândia, Uberaba, Patos de Minas, Ipatinga, Montes Claros, Juiz de Fora e Divinópolis.
Segunda Pele
O nome da operação decorre do produto principal usado no esquema criminoso voltado à sonegação tributária: o couro decorrente do abate de animais.
Cidade | Mandados de prisão | Mandados de busca e apreensão | Total |
Abaeté | – | 01 | 01 |
Além Paraíba | 01 | 01 | 02 |
Campo Belo | – | 01 | 01 |
Carangola | – | 01 | 01 |
Itaúna | – | 02 | 02 |
Januária | – | 01 | 01 |
Muriaé | – | 01 | 01 |
Nova Era | 01 | 13 | 14 |
Patrocínio | 04 | 02 | 06 |
Prata | – | 01 | 01 |
Santa Vitória | 01 | 01 | 02 |
Uberaba | 02 | 02 | 04 |
Uberlândia | 04 | 07 | 11 |