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Operação da PF nesta manhã, 6, na Saritur, suspeita de fraudes de mais de R$ 735 mi

Operação da PF nesta manhã, 6, na Saritur,  suspeita de fraudes de mais de R$ 735 mi

Foto: portal Ônibus Brasil

PF cumpre 22 mandados de busca e apreensão na Grande BH e em Montes Claros contra família que explora o serviço de transporte público em Minas. Empresa é a mesma que se envolveu na suspeita de compras de vacinas falsas contra a Covid-19, em 2021.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (6), a “Operação Ponto Final” contra uma família que explora o serviço de transporte público em Minas Gerais. A organização criminosa é suspeita de fraudar a Previdência Social e a ordem tributária. A ação acontece na Grande BH e outras cidades do estado.

Em março de 2021, os donos da Saritur admitiram em depoimento à Polícia Federal que compraram imunizantes contra a Covid-19. Eles são apontados como os organizadores de uma vacinação irregular que aconteceu em uma garagem de ônibus da família.

A operação conta com o apoio do Escritório de Pesquisa e Investigação da Receita Federal de Minas Gerais (Espei) e cumpre 22 mandados de busca e apreensão, sendo 21 na Região Metropolitana e um em Montes Claros, Norte do estado.

De acordo com a PF, empresários da mesma família, que se alternam nos quadros societários das empresas, se dedicam à prática de fraude contra a Previdência Social. O grupo criava empresas e não pagava os impostos à União. Prejuízos superam os R$ 735 milhões.

“Mesmo com certidão de dívida ativa junto à União, tais empresas vêm contratando com a administração pública, fraudando a legislação, que exige certidão negativa de execução patrimonial para participar de certames licitatórios”, segundo a PF.
Ainda, segundo a PF, os empresários descontavam o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de trabalhadores, mas não repassavam para o governo.

‘Ponto Final’
A “Operação Ponto Final” faz uma alusão à última parada de veículo de transporte coletivo. A Polícia Federal escolheu o nome, também, para que seja o fim da atividade criminosa de sonegação fiscal e fraude em processo de execução das empresas.

As penas somadas para os crimes podem alcançar 18 anos de prisão.

Vacinas falsas contra a Covid-19
Em março de 2021, os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da empresa Saritur, o mesmo alvo da operação desta terça-feira (6), admitiram em depoimento à Polícia Federal que compraram vacinas contra a Covid-19. Eles são apontados como os organizadores de uma vacinação irregular que aconteceu em uma garagem de ônibus da família.

Publicado por G1

Redação

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