Observatório da Corte
Parabéns, Itaúna
Itaúna completa hoje 120 anos. Já teve vários gestores neste tempo, uns melhores, outros nem tanto, mas segue guerreira no seu caminho de ser a cidade que acolhe seu povo. Parabéns, cidade linda, acolhedora, nossa cidade.
Bolsonaro paz e amor
Há muito tempo uso uma arte que fiz para ilustrar as idas e vindas do presidente Bolsonaro. A arte retrata um caranguejo com o rosto do presidente e sempre é possível seu uso, porque ir e vir é o que ele faz de melhor. Ameaças e que vai fazer e acontecer, fazem os aliados irem ao delírio, mas não sabem que nem tudo que ele, o presidente quer existe forma legal para ser feita, é constitucional. E ele ainda se mostra profundo desconhecedor da Constituição Brasileira e por isto quase todo dia alguém tem que assoprar no ouvido dele que não tem jeito.
Mas, na semana passada, durante as comemorações do Sete de Setembro, ele se superou. Ficou semanas ameaçando impeachment de ministros do STF, ameaçando Congresso, instigando o povo a lutar por ele, falando abobrinhas cada vez que abria a boca, para depois chamar o Temer para ajudar a desfazer a última burrice. Aliás neste governo não é a primeira vez que Bolsonaro chama o ex-presidente, ele já representou o Brasil em viagem a Beirute e acho ainda que na China.
Bolsonaro tem valentia muito curta. Fala, ameaça e depois fica por isto mesmo. Mas, apesar de desdizer as ameaças elas tiveram consequencias nas investigações e processos que sofre e isto talvez ajude o presidente a entender que a presidência não é o mais alto poder no Brasil, não está acima do Poder Judiciário ou Legislativo. O idolatrado capitão, que nem é capitão é de verdade, só na cabeça dele, vem perdendo credibilidade todo o tempo, principalmente junto aos seus apoiadores mais fanáticos que se sentem traídos.
Bolsonaro pegou o Brasil em um momento que o brasileiro estava muito desanimado com os políticos. Começou a ter uma vida mais tranquila no governo de Lula para depois descobrir que Lula estava envolvido até a alma em uma lamaceira de corrupção. Depois veio a Dilma, coitada, despreparada, às vezes parecendo meio doida. Esta fragilidade, esta carência de um governo que usasse de mãos de ferro, fez o brasileiro eleger Bolsonaro que teve a “sorte” de ter sido esfaqueado e não ter que sair em campanha e confrontar jornalistas e adversários.
Mas, rendido ele não foi. Bolsonaro não consegue ficar quieto, acredita fielmente que é o deus do Brasil e os filhos idem.
Mesmo com a popularidade em baixa constante, ainda mais depois do fiasco do Sete de Setembro, podem esperar que ele volta, ah, se volta. Vai continuar enrolando o país para desviar a atenção, não dos inquéritos, mas da incompetência mesmo.
Publicação da GAZETA DE ITAUNA