Gazeta Itaúna

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Observatório da Corte

Observatório da Corte

Diante da maior crise de saúde já vivida pelo mundo nos tempos atuais, com tantas mortes, o Brasil já passou das 180 mil, vivemos momentos de total incerteza. O Governo Federal brinca todo o tempo. A presidência da República hoje é o quintal de casa da família Bolsonaro, com pai e filhos batendo bola, rindo e quebrando vidraças. Bolsonaro virou o rei do volta atrás. Inconsequente sempre, achando que o cargo lhe permite tudo, declara coisas absurdas e depois diz que não disse nada. Tanto fez com a cloroquina, tanto a defendeu que levou milhões de pessoas a se manifestarem a favor do remédio que a ciência já dizia que não tem comprovação de eficácia no tratamento contra a Covid-19. Depois, como num escárnio, mais recentemente, declara que sabia que a cloroquina não tinha qualquer eficácia.
Chamou a doença de gripezinha, depois disse que não o fez; baixa decretos que tem que anular depois porque não planeja nada, não faz nada com seriedade, trata o país como seu brinquedinho. Trata os ministros como meros serviçais a seu mando e desmando. Os filhos entram e saem da vida dos brasileiros, sem pedir a licença, fazem parte do governo sem que ninguém os tenha colocado lá, a não ser a irresponsabilidade do pai.
E em meio a tudo isto, 180 mil pessoas morreram até esta sexta-feira, dia 11 de dezembro. São mães, filhos, pais, avós, amigos a chorarem a morte de pessoas queridas.
Um país das dimensões do Brasil, com grandes cidades e com populações remotas onde só é possível chegar de barco ou pelo ar, não tem um presidente. Um país com muitas culturas diferentes, a mercê de um pândego que não toma atitude nenhuma, que nos envergonha diante de outras nações. Nenhum presidente no mundo respeita mais o Brasil. Trump, que Bolsonaro trata como amigo, é outro louco e já mandou Bolsonaro às favas, sem falar que agora já perdeu o cargo.
Em plena crise o aumento absurdo da cesta básica para uma população com um número enorme, mais de 14%, de cidadãos sem trabalho para levar para casa seu sustento. E é neste cenário que o preço de alimentos como arroz, feijão, óleo, etc, e o gás, sobe de forma inacreditável para dias comuns, imaginem em uma pandemia. E o único gesto do presidente para amenizar o problema é mandar o povo ir para a Venezuela, passar a consumir macarrão, se a carne está mais cara comer ovos. E ele, em uma atitude de escárnio, mais uma vez, zera os impostos para a importação de armas.
Sem um plano para a vacinação do país, que ele tentou de todas as formas ignorar (e sabemos que é também por incompetência de enfrentar o problema), a gente segue na incerteza se vai mesmo acontecer, se seremos imunizados.
A única coisa boa em tudo isto é que, com tantas falácias, com tantos desmandos, com este desrespeito com o povo brasileiro, com esta demonstração de não respeitar o próprio cargo é grande a possibilidade de ser impedido de continuar no cargo.

Zenaide Gomes

Zenaide Gomes

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