Gazeta Itaúna

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O que se sabe até agora sobre a menina de 12 anos deixada morta em uma calçada?

O que se sabe até agora sobre a menina de 12 anos deixada morta em uma calçada?

A Polícia Civil está investigando o caso Ana Luiza, menina de 12 anos, que foi encontrada morta na terça-feira, 16, deixada em uma calçada no bairro Bela Vitória, em Belo Horizonte.

Um vídeo registrou Ana Luiza Gomes chegando ao imóvel de Davi Martins Santos às 10h13 da manhã.

Às 13h30, Davi sai carregando o corpo de Ana Luiza para fora do imóvel, deixa o corpo na calçada e volta para a casa.

Às 13h41, Davi aparece ao lado do corpo fazendo uma ligação.

Às 13h45, o SAMU chega ao local e constata a morte de Ana Luiza.

Eles se conheciam?

A Polícia Civil informou durante coletiva, na tarde desta quarta-feira, 17, que os dois tiveram uma conversa no mesmo dia, mais cedo. No entanto, ainda não é possível afirmar se eles se conheceram no momento desta conversa ou se já se conheciam anteriormente.

O que a garota fazia sozinha?

Familiares contaram que, no dia do crime, a menina discutiu com os tios.  Apesar de estar proibida de ir para rua, ela juntou algumas coisas e saiu escondida de casa, no bairro Goiânia.

Quando os familiares perceberam a fuga, os parentes imaginaram que Ana havia ido para casa da mãe dela, no mesmo bairro. Ana Luiza vivia com o pai e com uma irmã mais nova desde que os pais se separaram e a mãe foi embora.

O que diz o suspeito?

Em depoimento, Davi Santos disse que encontrou Ana Luiza usando drogas e que teria levado ela até o imóvel para dar água a ela. Segundo ele, a menina teria passado mal e ele a carregou para fora de casa para facilitar o socorro. Ele negou ter violentado sexualmente a menina e ter qualquer relação com o óbito.

O que aponta as investigações?

A Polícia Civil de Minas Gerais aguarda o resultado dos exames realizados no Instituto Médico Legal para determinar a causa da morte e se Ana Luiza foi violentada sexualmente. Até o momento, a PC informou que não indícios de violência externa no corpo da vítima, mas que é necessário aguardar o resultado dos exames para saber se ela foi violentada sexualmente.

No entanto, familiares da vítima afirmaram que um policial civil teria confirmado aos parentes que os primeiros exames realizados no IML mostraram que Ana Luiza sofreu violência sexual.

No local do crime, foram encontrados um colchão, peças de roupas, inclusive femininas, garrafas de bebida, cigarros, brinquedos velhos, material pornográfico, substâncias químicas e preservativos. Davi teria ficado no local, com a menina, por mais de três horas sem que os parentes dele percebessem. Para a polícia, ele não soube dizer porque ficou tanto tempo com ela em casa.

O que diz a família?

A família não acredita na versão contada pelo suspeito. Um tio da vítima garante que a criança não usava nenhum tipo de entorpecente. A psicóloga Rafaela Rossi, que acompanhava a menina há um ano, corrobora com a versão dos familiares. Segundo ela, Ana Luiza nunca foi usuária de qualquer substância.

Segundo os familiares, a criança tinha problemas emocionais e comportamento difícil. A psicóloga confirmou que ela estava tratando uma questão de saúde mental, mas que era uma menina que estava progredindo bem no tratamento.

Histórico

Davi Santos tem passagem pela polícia por estupro de vulnerável. Segundo o delegado Leandro Alves Santos, responsável pelo caso, o suspeito tem passagem por estupro de vulnerável em 2010 e 2021; na primeira ocorrência, ele ainda era menor de idade. Ele também tem passagem por tráfico de drogas. A Polícia Civil não detalhou as ocorrências.

Prisão

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que ratificou a prisão em flagrante de Davi e que “ele foi ouvido e autuado, a princípio, pelo crime de homicídio qualificado e, após os procedimentos de polícia judiciária, o suspeito ficou à disposição da justiça para as medidas legais cabíveis”. A Justiça de Minas Gerais decidiu, na manhã desta quinta-feira (18), manter Davi Santos preso. Durante audiência de custódia, a prisão dele foi convertida de provisória para preventiva. Juíza levou em consideração os antecedentes do suspeito e o fato da versão apresentada por ele não estar segundo as imagens registradas pelas câmeras de segurança.

Reprodução do R7 Minas

Redação

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