No debate sobre o subsídio a ser dado à Viasul apenas nove dos 17 vereadores comparecem
Somente sete vereadores se interessaram pelo debate (fotos: divulgação)
A assessoria da Câmara corrigiu a informação sobre o número de vereadores faltosos
A Audiência Pública realizada no plenário da Câmara de Itaúna nesta segunda-feira, 28, discutiu a concessão de subsídio para a empresa de transporte coletivo em Itaúna, a Viasul. A sessão contou com a participação de representantes da Viasul, incluindo o advogado dr. Jardel Meireles e o controlador da empresa, Ramon Ribeiro. Além disso, marcaram presença a gerente de Trânsito da Prefeitura de Itaúna, Cíntia Valadares, o secretário de Regulação Urbana, Tiago Araújo, o professor e engenheiro do Cefet, Renato Ribeiro, e os vereadores Alexandre Campos, Lacimar, Léo Alves, Aristides Ribeiro, Antônio da Lua, Márcia Cristina, Edênia Alcântara, Giordane Alberto e Gleison Fernandes..
Os representantes da Viasul defenderam o subsídio, apontando os impactos econômicos sofridos pela empresa, principalmente durante a pandemia. Esta alegação foi reforçada pela gerente municipal de Trânsito, Cíntia Valadares, e pelo professor do Cefet, Renato Ribeiro, que exibiram gráficos sobre as perdas da Viasul. Entretanto, tanto os vereadores presentes quanto a opinião pública expressaram insatisfação com os serviços prestados pela empresa.
Os vereadores Alexandre e Márcia sugeriram que, se para a Viasul está sendo tão complicado financeiramente operar na cidade, seria mais apropriado abrir mão de Itaúna e dar espaço para outros concorrentes por meio de um novo processo de licitação.
Os cidadãos presentes tiveram a oportunidade de se manifestar, e se mostraram preocupados com possível aumento no valor da tarifa.
O procurador e representante da Viasul, Dr. Jardel, respondeu às críticas dos vereadores e do público, citando o contrato firmado em 2016, com vigência de 20 anos, que estabelece obrigações para ambas as partes, tornando a situação mais complexa do que parece. Não sendo tão simples assim como sugerem, abrir mão do serviço na cidade. O procurador ainda criticou vereadores que não estiveram presentes na audiência.
O professor Renato também trouxe sua perspectiva, apontando que a má qualidade dos serviços de transporte público e as críticas a eles não são uma questão restrita a essa região, mas sim uma realidade em várias partes do mundo.
Populares também defenderam a criação de uma tarifa zero na cidade, voltada para atender à população mais carente. Essa sugestão foi apoiada pela vereadora Edênia Alcântara, que também levantou questões sobre as condições de trabalho exaustivas dos funcionários da Viasul.
Apesar das expectativas iniciais de que o projeto de subsídio, proposto pelo prefeito, estivesse disponível para votação dos vereadores na reunião ordinária desta terça-feira, 29, foi comunicado que a pauta não entrará em discussão na ordem do dia.