Mil vezes, somos mil!
Por mil vezes sentimos o reconfortante prazer do dever cumprido. Durante mil semanas colocamos ao alcance da população as notícias da cidade de Itaúna, contamos histórias, umas tristes, outras felizes, outras surreais, outras reais por demais. Mas sempre foram histórias, com H.
Agora que chegamos à edição de número mil a impressão é que o trabalho já recomeça para as novas mil edições. Acho que preciso de um sucessor; mais 24 anos é muita coisa.
São mil edições que desde a primeira tem as minhas mãos do começo ao fim. O jornal sempre foi meio que misturado com minha pessoa, confesso. E nunca foi só administrar e escrever. Foi limpar, varrer, escrever, etiquetar, dobrar, às vezes, plastificar. Muitas vezes brinquei ao telefone com alguém que ligava de algum lugar fora da cidade que perguntava com quem falava e qual minha função. Respondia e respondo até hoje que da presidência à faxineira, podia falar comigo mesma. Porque sempre foi assim. Sempre tive que cuidar de tudo sozinha e não fico triste por isto, pelo contrário, fico é de bem comigo de pensar que, apesar de tantos tropeços, o jornal chegou aqui, muito lido, graças a Deus, muito respeitado, graças a Deus e isto basta.
Então, nada nos resta que terminar esta edição para recomeçar o próximo milheiro. Espero pode contar com meus leitores neste recome-ço/continuidade.
