Mãos à obra
Ao longo de todo o período eleitoral na campanha para a presidência, a palavra mais usada foi DEMOCRACIA. Quando ficaram na reta final apenas dois candidatos, esta palavra ganhou ainda mais força, não no sentido de estar sendo praticada. Não! Força para atacar. Jair Bolsonaro e seus apoiadores defendiam a democracia sempre afirmando que, no caso da vitória do candidato petista, Lula, a democracia seria banida do país, e aqui se instalaria a ditadura. Países e governos da América Latina eram citados como exemplo de como seria o governo Lula.
Mas, nem terminaram a contagem de votos e os bolsonaristas esqueceram a palavra tão importante e partiram mais uma vez para o negacionismo. Negaram-se a aceitar a derrota nas urnas e começaram a exercer a sua ditadura. Usaram os caminhoneiros para bloquear estradas, tirar da população o seu direito de ir e vir. Começaram a acusar o pleito de fraudado, sem nunca apontarem uma prova, como Bolsonaro sempre fez. Ignoraram as inúmeras vezes que as urnas foram declaradas impossíveis de fraudes.
E iniciaram uma manifestação sem o menor pudor, usaram de crianças como escudo para que não fossem retirados das rodovias, não se incomodaram de deixar doentes horas esperando dentro de um carro pelo tratamento de doenças como câncer, diálises que buscavam em outras cidades. E todos nós sabemos como as pessoas enfrentam diariamente quilômetros de estradas para ter o tratamento que não têm nas suas cidades.
E, junto com esta arbitrariedade de impedir o direito de ir e vir, vieram as ofensas com mais força. A imprensa foi e está sendo atacada por qualquer coisa que divulgue. Qualquer matéria que é publicada a imprensa recebe ataques, alguns com palavras bem chulas.
Caminhoneiros negaram participar dos bloqueios nas estradas por sua própria vontade, muitos pediram à imprensa que divulgassem o que estavam passando como frio, falta de banho, estresse. Terminados os bloqueios, os apoiadores de Bolsonaro estão agora em frente aos quarteis do Exército pedindo intervenção militar.
O pior é que o presidente já reconheceu a derrota, não cumprimentou Lula, mas convidou e recebeu em seu gabinete o vice-presidente eleito, Geraldo Alckimin. Já negocia com o Supremo para que não ser preso. O central já se aproxima de Lula e vice-versa. O país tem que andar. Há muito o que fazer.
As urnas precisam ser respeitadas, o voto da maioria é o que vale. Assim está na Constituição Brasileira.
É preciso parar com o terrorismo, com as ameaças de que não deixarão que o presidente eleito suba a rampa, tome posse. É preciso parar com história fantasiosas como aquela ouvi de uma amiga de rede social: ‘você vai ver. Vamos ter que camuflar nossos pets para ninguém os matar para comer’.
As pessoas estão tão malucas! O homem do saco preto não existe.
Todos os dias comemoram a prisão do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes. Eles continuam com as fake news. Acabou, foi a palavra do presidente Jair Bolsonaro diante do Supremo e ele vai cumprir isto porque pela primeira vez está desprotegido de imunidade parlamentar. Pela primeira vez pode ser preso e, com certeza, investigado será. Se será condenado é cedo para dizer, mas as investigações acontecerão.
Então os bolsonaristas estão perdendo seu tempo. Não haverá intervenção federal, militar ou o que quer que denominem.
Se Lula é ladrão a justiça não o condenou. Se foi por coisa mal feita nos processos ou não, “perdeu”. Agora é hora de arregaçar as mangas, a população se unir por que temos um país para consertar.