Fotógrafo nega ter atitude racista com jovem que queria tirar identidade
(foto: Arquivo Pessoal/Sara Policarpo)
Encontrando dificuldades em tirar a segunda via da carteira de identidade em Itaúna, Sara Policarpo, de 25 anos, foi a Divinópolis, a uma Unidade de Atendimento Integrado (UAI) na sexta-feira, dia 20 de novembro.
Sara é negra e tem cabelo black, do qual se orgulha muito conforme entrevista dada aos telejornais da Record. Mas, nunca pensou que fosse passar por constrangimento ao tirar a foto 3×4 para o documento.
Segundo ela, o fotógrafo pediu que ela tentasse baixar o volume do cabelo ou a foto não seria aceita para a emissão da carteira. O fotógrafo foi além, pediu que lavasse o rosto porque estava com brilho.
Sara fez o que foi pedido, constrangida, mas quando viu a foto o cabelo crespo tinha sido pagado da sua imagem.
Sara se recusou a usar a foto para o documento e veio fazer a nova carteira em Itaúna com a ajuda da Polícia Civil.
Fotógrafo nega
Em entrevista à Rádio Itatiaia, o fotógrafo Wanderson Ferreira se defendeu das acusações.
“Eu peço ela para se arrumar simplesmente para poder ajudar as pessoas. Eu uso photoshop só para tirar o fundo, então na hora que amplia ela de 80%, ela corta o cabelo. Meu pai é negro, minha avó é negra, minha bisavó é negra. Eu sou moreno, bem puxado pra um negro mesmo. Então isso [racismo] não acontece de forma alguma, eu não admito”.