Empresários, se ajudem, façam sua parte
Que me perdoem comerciantes, promotores de eventos, prestadores de serviços que têm que lidar com grandes públicos, que dependem destes grandes públicos para manter seus negócios, gerar empregos, mas nunca sou a favor desta abertura de funcionamento das atividades simplesmente porque os protocolos exigidos para o funcionamento não são cumpridos pela maioria.
E já comentamos aqui outras vezes que prometem, se comprometem, mas não cumprem. A própria manifestação dos comerciantes na Praça da Matriz provou isto. Um vídeo mostra várias pessoas saindo às pressas da sombra da Caesalpinia ao lado do Fórum para aquela formação em frente à Igreja da Matriz. As pessoas, várias, esperavam ali, aglomeradas, pela hora que deveriam sair para a formação. E o vídeo mostra que saíram juntas, às pressas.
É sabido também que um comércio não perde um cliente porque ele está com a máscara, se estiver mesmo usando, fora no pescoço, por exemplo.
As pessoas experimentam roupas, sapatos, pegam num e noutro que não comprados voltam para seus sacos plásticos e caixas à espera do próximo manuseio.
O que fazer então? Já que esta pandemia está longe de acabar porque só Deus sabe quando as vacinas chegarão ao Brasil, porque até agora foi só por conta gotas, por que não fazer um pequeno investimento em cada comércio? Uma pia, pequena que seja, mas com água e sabão suficiente para que as pessoas lavem as mãos antes de sair colocando as mãos em tudo dentro das lojas. Uma campanha que a CDL deveria fazer. E os tapetes sanitizantes que limpam os sapatos com mais segurança?
São novos tempos. O comércio, inclui aí todo negócio que exista, que tenha funcionários e clientes, precisa fazer mais que prometer cumprir protocolos e o uso de máscaras. Precisa se ajudar para evitar a propagação do vírus. Vejam como os números de novos casos diminuíram depois que passou o resultado das aglomerações de fim de ano e o quanto já se faz sentir os 10 dias de fechamento dos negócios em Itaúna.
Ficar tentando intimidar prefeito com manifestações, querendo que a cidade deixe o Programa Minas Consciente ou, pior ainda, querendo mais leitos de CTI numa clara mensagem que se aumentar o número de leitos a população pode adoecer à vontade, é muita hipocrisia. Aliás, todos sabem que dificilmente alguém se cura da Covid sem ficar com sequelas que podem levar meses para desaparecerem e, às vezes, são para sempre.
Empresários de todos os ramos pensem nestas sugestões, da pequena pia e do tapete. Se ajudem, ajudem a cidade. Façam sua parte também.