Gazeta Itaúna

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Deputada Lohanna cobra desdobramentos da investigação das ameaças

Deputada Lohanna cobra desdobramentos da investigação das ameaças

Foto: Elizabete Guimarães

A deputada Lohanna (PV) pediu às autoridades celeridade nas investigações das ameaças sofridas pelas parlamentares mineiras. As primeiras ameaças chegaram no mês de agosto e desde então novas intimidações chegam frequentemente.

Os e-mails geralmente recheados de conteúdo machista e misógino contém detalhes sobre a vida pessoal da parlamentar, como seu endereço, dados pessoais e bancários. Os textos também relatam invadir sua residência, dar um tiro na cabeça da deputada “para estragar o velório” e “metralhar sua equipe”, “estupros corretivos”, entre outras ameaças.

A parlamentar lembra que as ameaças continuam chegando e não dá publicidade por um pedido da própria polícia, para não atrapalhar as investigações. “Aquela sensibilização da sociedade de quando recebemos as ameaças, está parcialmente anestesiada, o apoio passou e parece que as pessoas esqueceram o que aconteceu conosco. Eu continuo recebendo ameaças, só parei de publicar, a pedido das autoridades. Mas, o uso da escolta, agora virou argumento político para nos atacar. A demora nas investigações está fazendo com que deixemos de ser vítimas e sermos atacadas por usar a escolta, por temer pelas nossas vidas”, desabafou.

Lohanna agradece o trabalho da Polícia Militar que tem acompanhado as parlamentares 24 horas por dia. “Um ataque a parlamentares legitimamente eleitas é sem dúvidas um ataque à democracia. Estamos trabalhando em prol do povo mineiro e a escolta tem sido um ponto de apoio nessa situação lamentável que enfrentamos”, desabafou a deputada.

Força-tarefa

Em 28 de setembro o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), a Polícia Civil e a Polícia Militar de Minas Gerais, realizaram a primeira fase da operação Di@na. A ação cumpriu ordens judiciais de busca e apreensão e de quebra de sigilo de dados na cidade de Pirapora.

Mas, cinco meses após a força-tarefa, ninguém está preso e nenhuma resposta concreta foi dada à sociedade. “Nós entendemos todas as dificuldades dos órgãos públicos e a necessidade de investigação, mas, várias parlamentares foram ameaçadas e não tivemos nenhuma resposta de fato, isso é inadmissível e angustiante para todas nós”, refletiu Lohanna.

Redação

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