Deprimido e prestes a ser despejado do poder, Bolsonaro volta se isolar
O presidente em fim de mandato, Jair Bolsonaro (PL), não conteve as lágrimas durante solenidade com ares de despedida
Bolsonaro chegou a indicar que poderia passar a faixa presidencial ao presidente eleito e diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), encerrar a reclusão por meio de aparições breves e discursos aos seus seguidores, mas novamente mergulhou na depressão.
A chegada das festas natalinas e a presença do caminhão de mudanças às portas do Palácio Alvorada reascenderam a melancolia que abateu o presidente em fim de mandato, Jair Bolsonaro (PL). Ele chegou a manifestar alguma reação, nos últimos dias, após semanas isolado em seus aposentos, mas interlocutores do mandatário disseram à mídia conservadora, neste sábado, que “afundou novamente na tristeza com a proximidade de sua saída dos palácios da Alvorada e do Planalto”.
Bolsonaro chegou a indicar que poderia passar a faixa presidencial ao presidente eleito e diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), encerrar a reclusão por meio de aparições breves e discursos aos seus seguidores, mas novamente mergulhou na depressão. A movimentação para deixar o cargo, definitivamente, segundo seus assessores, fez com que “caísse a ficha” de que perdeu as eleições e, a partir de janeiro do ano que vem, está sem o foro privilegiado, o que poderá acarretar até o seu pedido de prisão.
“Eles afirmam que Bolsonaro tem planejado ficar longe da política nos três primeiros meses do ano. Além de deprimido e inconformado com a derrota, que ele atribui à interferência do Supremo Tribunal Federal (STF), ele tem reclamado de cansaço acumulado da campanha eleitoral”, registrou o diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo, neste sábado.
Sem brigas
“Segundo relatam, o presidente pareceu ter se animado ligeiramente em almoço com Tarcísio de Freitas (Republicanos) no começo da semana. Eles afirmam que a frase de Tarcísio de que nunca foi um bolsonarista raiz não surgiu na conversa e que o presidente não a viu como problemática. No encontro com Bolsonaro, descrito como descontraído, o governador eleito de São Paulo teria dito que pretende se colocar como um gestor técnico desde o começo do mandato, sem envolvimento em brigas ideológicas”, conclui.
Publicado por Correio do Brasil