Casal é preso por suspeita de matar bebê em MG; polícia acredita que mãe também tenha sido assassinada
Corpo de bebê foi encontrado sob pontilhão em 25 de janeiro — Foto: Elton Lopes/TV Globo
A Polícia Civil divulgou, na manhã desta quarta-feira (7), os detalhes da investigação sobre a morte de uma criança de 1 ano e 8 meses, que terminou com a prisão de um casal de Congonhas, na Região Central de Minas Gerais. O corpo da menina foi encontrado em janeiro, sob um pontilhão, no bairro Olhos D’Água, na Região Oeste de Belo Horizonte.
Desde o crime, a mãe da criança está desaparecida, e a polícia acredita que ela também tenha sido assassinada. De acordo com o delegado Alexandre Fonseca, Fernanda Caroline Leite Dias, de 28 anos, mantinha um relacionamento extraconjugal com o suspeito, de 41 anos. As investigações apontam que a mulher poderia estar grávida e que a possível gestação teria motivado o crime.
“Nós temos confirmação que essa potencial gravidez foi levada ao suspeito pela Fernanda e que isso foi o potencial motivador para o desaparecimento dela. E, na convicção policial, minha e da equipe, nós temos certeza de que a Fernanda está morta. Ainda não achamos o corpo, mas ela está morta”, disse o delegado.
Segundo ele, o casal suspeito do crime foi detido nesta terça-feira (6). O homem preso é bacharel em direito e funcionário de uma grande mineradora. Ele foi levado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, na Região Oeste da capital.
Já a mulher dele, de 38 anos, é funcionária da prefeitura de Congonhas e foi encaminhada para a Penitenciária Estêvão Pinto, na Região Leste de Belo Horizonte.
Investigação
O crime começou a ser investigado logo depois que o corpo de Pietra foi encontrado, no dia 25 de janeiro. No local, também foi localizado um bilhete que teria sido escrito por Fernanda, mas exames grafotécnicos apontaram que a letra é do suspeito.
Segundo a polícia, a menina tinha lesões na cabeça, e também foi constada a presença de um medicamento para ansiedade no sangue dela. As investigações apontaram que havia uma receita do remédio no nome da mulher detida. Ao longo da apuração, também foram encontrados vestígios de sangue nos carros dos suspeitos. Segundo a polícia, o casal nega envolvimento com o crime.
“A morte da Pietra foi feita para encobrir a relação do autor com a Fernanda. Então, quem matou a Pietra sumiu com o corpo da Fernanda. É uma coisa, assim, lógica. E essa que é a barbaridade desse crime. Uma pessoa que comete uma barbaridade dessa com uma criança não vai cometer a mesma barbaridade com a mãe?”, disse Fonseca.