Câmara define academias de ginástica e barbearias como serviços essenciais
A principal pauta da reunião dos vereadores de terça-feira, dia 26 de janeiro, foi a análise e aprovação de dois Projetos de Lei que definem academias de musculação, ginástica, pilates, natação, hidroginástica, artes marciais, sobretudo todas atividades essenciais à saúde como serviços essenciais. Satisfeito com seu primeiro projeto aprovado na Câmara, Nesval Júnior agradeceu o apoio recebido dos vereadores, disse acreditar que o prefeito irá sancionar a lei, “um projeto de caráter preventivo no quesito de saúde pública que foi muito bem recebido pela população”.
Outro projeto, do vereador Gustavo Dornas, também versando sobre a pandemia define barbearias, cabeleireiros, manicures e depiladores como serviços essenciais. Estes serviços se sancionados os projetos pelo prefeito poderão ser reabertos mesmo com a cidade de Itaúna figurando na onda vermelha do Programa do Governo Estadual “Minas Consciente” por serem transformados em serviços essenciais. Gustavo Dornas também externou sua satisfação: “Sinto-me recompensado pelo trabalho desenvolvido em equipe por esta aprovação; esta conquista reafirma a importância da saúde e do bem-estar comum da população; Saúde é Vida” definiu. O prefeito tem até 15 dias para manifestar sobre os projetos aprovados.
Vereadores defendem reabertura do comércio dentro das normas de prevenção
Um amplo debate foi promovido pelos vereadores. Além de parabenizar os autores do Projeto, aproveitaram a oportunidade de tratar acerca do fechamento do comércio e defenderam a reabertura do mesmo, sempre levando em consideração as medidas de prevenção a exemplo do uso de máscaras, uso de álcool em gel e distanciamento. O vereador Antônio de Miranda disse que o prefeito Neider Moreira deve repensar na questão do fechamento. Defendeu uma fiscalização mais rigorosa com cobrança de cumprimento de regras e consequentemente resguardar todas as atividades.
O vereador Tidinho disse, que “o comércio de Itaúna pede socorro, está no CTI. ” Também é a favor de uma reavaliação na situação. Na opinião do vereador Leo Alves fechar o comércio não é a solução. Demonstrou sensibilidade quanto ao desemprego, resultado deste fechamento. Na mesma linha das manifestações anteriores, Léo Alves é a favor de uma fiscalização mais rigorosa.
Edênia Alcântara é a favor de diálogo para buscar uma alternativa. Reconheceu as restrições em virtude do aumento do número de casos de pessoas contaminadas pela Covid-19 em Itaúna. Esboçou sua preocupação das consequências do desemprego de inúmeros pais de família. Reforçando o tema da fiscalização, o vereador Gleisinho defendeu a ampliação desta fiscalização em festas realizadas nos sítios e cachoeiras onde as aglomerações são inevitáveis.
A vereadora Márcia Cristina pregou investimento na fiscalização. Joselito sugeriu “abraçar o comércio” e também defendeu o diálogo com o Executivo. Propôs apoio intensivo da Defesa Civil e uma fiscalização de caráter educativo.
Arrematando o debate, o presidente Alexandre Campos, recordou sua fala na Câmara alertando o CDE sobre o fechamento do comércio. “O prefeito Neider Moreira, juntamente com o secretário de Saúde, Fernando Meira, e a provedora do Hospital, Marilda Chaves – ‘que faz um brilhante trabalho frente ao Hospital Manoel Gonçalves’, tentaram ao máximo não fechar. No entanto, segundo o presidente em função do aumento de casos e números de internações, aliado a mais de 40 idosos contaminados no CRASI trouxe a necessidade de fechar. Defendeu os comerciantes, propondo uma reabertura gradual, controlada com bastante fiscalização inserindo o CDE no auxílio destas fiscalizações.
Na quarta-feira, dia 27 de janeiro, o comitê estadual de enfrentamento ao coronavírus, mudou as regras, chegando à terceira etapa, do programa Minas Consciente, que permitiu a abertura, ainda que com regras mais rígidas, de todos os setores da economia.