Câmara aprova suplementação de R$ 60 milhões
Toinzinho fez as contas e pelo destino da suplementação mencionado pelo prefeito bastariam cerca de 15 milhões de reais
Só em 2022 foram 120 milhões de reais aprovados para o Executivo
No dia 12 de maio, o prefeito Neider Moreira e o secretário de Educação, Weslei Lopes, anunciaram depois de reunião com diretoras, diretoras adjuntas e coordenadoras das escolas municipais de Itaúna que a recomposição salarial dos profissionais da carreira do magistério do Município, 33,24%, seria paga em junho. Isto foi em maio. Junho veio e nada do acordado e anunciado foi feito.
As professoras reclamam nas redes sociais e em contato com o jornal pediram que fosse cobrado o compromisso feito pelo prefeito.
Mas, nesta sexta-feira, 1º, foi anunciado que a reunião extraordinária realizada neste mesmo dia, seria para votação de abertura de crédito suplementar de 20% do orçamento. Entre outras despesas, o prefeito Neider Moreira, citava na justificativa do pedido, o pagamento para o magistério itaunense.
Segundo o prefeito o aumento do piso salarial dos professores está estimado em R$ 456.577,13/mês, além do pagamento retroativo dos valores condizentes ao piso salarial, mês base janeiro.
Além do pagamento do magistério, Neider falou do repasse para o Hospital Manole Gonçalves e ainda a suplementação da folha de pagamento, com orçamento vigente de 2021 e a ampliação dos serviços e contratações de servidores em especial nas Secretarias Municipais de Saúde, Educação, Cultura e Esportes que foram feitas depois da melhoria da pandemia. E, finalizando, a pavimentação asfáltica e operação tapa buraco em trechos mais afetados pelas chuvas.
Este é o segundo pedido de crédito suplementar no ano. Neider já havia pedido anteriormente também 20% e com mais este pedido soma-se 40%, ou seja, 120 milhões de reais dentro do orçamento de 300 milhões de reais.
Da Lua, em dúvida, preferiu se abster. Todos os outros foram favoráveis, mas Toinzinho lembrou que eram 60 milhões de reais e disse que poderia ser ruim para o próprio prefeito porque “um orçamento apertado é mais difícil de errar”.
Da Lua se manifestou mais uma vez sugerindo que a votação fosse adiada para dar tempo à Secretaria de Finanças de detalhar os valores da folha do magistério, dos recursos do hospital e da operação tapa buraco.
O presidente Alexandre Campos disse que seria preciso que o projeto fosse aprovado naquela reunião por causa do Hospital que precisava receber os recursos financeiros naquele mesmo dia.
Antônio de Miranda pediu que o pedido de vistas solicitado por Da Lua fosse analisado porque fazendo as contas na ponta do lápis a folha dos professores, os recursos para o hospital e ainda os serviços de infraestrutura não chegam a 15 milhões de reais e os vereadores estariam autorizando 60 milhões de reais.
Da Lua propôs então que fosse votado apenas a emergência do hospital, em uma emenda de plenário, mas o pedido de vistas foi rejeitado. Depois que fosse votado somente a metade, 10% e novamente foi rejeitado e a suplementação de 20% foi aprovada com abstenção de Da Lua.