‘Bolsonaro não se preparou para um mundo sem foro privilegiado’ e teme ser preso, diz site
Aliados do futuro ex-presidente dizem que não há nem mais conversas calorosas em seus grupos de WhatsApp, ante o temor da perda do ‘poder’
Bolsonaro se recolheu e só decidiu falar publicamente após a pressão de ministros do Centrão e do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foram feitas apenas duas declarações curtas, nas quais reconheceu a derrota e pediu o fim dos bloqueios em rodovias.
Depois, Bolsonaro voltou para o silêncio após transformar os palácios da Alvorada e do Planalto em palcos para seus discursos barulhentos e conspiratórios, tendo diminuído até mensagens de WhatsApp, diz texto de Andréia Sadi, no g1.
O recolhimento de Bolsonaro é atribuído por aliados a um inconformismo por ter perdido e à preocupação crescente com o seu futuro e o dos aliados na Justiça, informa a jornalista. Bolsonaro não se preparou para um mundo sem foro privilegiado e sem poder e, relatam aliados, só se deu conta durante a apuração do domingo (30/10) de que estaria descoberto juridicamente e politicamente.
Segundo a jornalista, Bolsonaro quer manter viva a ideia de que foi injustiçado, mas ao agir desta forma coloca todas as eleições de bolsonaristas em suspeição, incluindo as de seus filhos, que vão continuar a gozar de foro privilegiado.
Bolsonaro não tem garantias de que não será alvo da Justiça, assim como seus aliados, como o ministro da Justiça Anderson Torres, os filhos e os empresários que patrocinaram atos golpistas.
Diante da postura combativa e nada republicana de Bolsonaro com o resultado das eleições, líderes do Congresso têm dito ao Palácio do Planalto que não há clima nem ambiente para se aprovar a proposta de uma espécie de cargo de senador vitalício, o que o beneficiaria.
Publicado por Urbismagna