“Adultos na sala” sinaliza a Bolsonaro seu isolamento institucional caso permaneça em silêncio
O ministro Alexandre de Moraes determinou ontem, à noite, 31 de outubro, que as forças de segurança no país liberem as rodovias interditadas imediatamente.
Os outros ministros do Supremo ratificaram a decisão de Moraes. Caso a ordem não seja cumprida o diretor da Polícia Rodoviária Federal será preso.
O silêncio do presidente Jair Bolsonaro, agora com novo recorde de tempo de um chefe do Estado brasileiro não reconhecer a derrota, alimenta o movimento de poucos caminhoneiros, na verdade, mas que atrapalham a vida de milhares de brasileiros.
Em entrevista hoje, terça-feira, 1º, ao jornalismo do SBT, um destes caminhoneiros disse que a manifestação agora era pelo impeachment do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por considerarem ele o culpado pela derrota de Bolsonaro quando não intervir no TSE.
Todos os aliados do presidente Bolsonaro concordam que ele não reconhece a derrota por saber que seu silêncio estimula a paralisação.
Mas, uma reunião, a chamada de “adultos na sala” – uma coalizão de todos os outros poderes, pretende encerrar a crise das estradas e mostrar a Bolsonaro que ele está institucionalmente isolado se permanecer em silêncio. “É para o bem dele. O futuro político dele e da base (bolsonarista) está em jogo”, afirma um dos ministros do governo federal que trabalham para que Bolsonaro faça o que tem que ser feito.