MP pede ao TCU investigação sobre gastos com férias de Bolsonaro
O Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue os gastos do governo com as férias de Jair Bolsonaro.
As férias de fim de ano do presidente em Santa Catarina e no Guarujá (SP), do dia 18 de dezembro a 5 de janeiro, custaram aos cofres públicos R$ 2.452.586,11.
Ana Paula Ramos
O subprocurador-geral do Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas da União Lucas Rocha Furtado apresentou uma representação para que a Corte avalie a natureza e a composição das despesas, assim como “a pertinência e a oportunidade desses gastos, considerando o momento atual, em que o País enfrenta uma das mais críticas crises de sua história, seja sob o aspecto econômico-financeiro, seja sob o aspecto sanitário- social”.
As informações relativas aos custos das férias de Bolsonaro foram obtidas pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que enviou requerimento de informação à Presidência da República.
Os gastos incluem locomoção terrestre, aquática e aérea do presidente, da família, de convidados e da equipe de funcionários que os acompanharam. Segundo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), os custos também englobam passagens aéreas, diárias e despesas no cartão corporativo.
Em pleno auge da pandemia, onde o número de casos de doentes e de mortes sobressaltam a população diariamente, e, ao mesmo tempo, o número de famílias desassistidas cresce de forma assustadora, em especial após o fim do chamado ‘auxílio emergencial’ em dezembro passado, causou-me indignação a notícia de que o Presidente Jair Bolsonaro, em férias ocorridas entre 18/12/2020 e 5/1/2020, tenha gasto o exorbitante montante de R$ 2.452.586,11 em menos de 20 dias”, pontuou o subprocurador no documento.