Gazeta Itaúna

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Executivo tem derrota na Câmara e aumento salarial não passa

Executivo tem derrota na Câmara e aumento salarial não passa

A vereadora Edênia, que votou favorável à emenda, foi hostilizada pelas pessoas na porta do Legislativo que a chamavam de mentirosa

Pela segundo vez este ano a pressão do povo muda a intenção do poder público em suas decisões.
A primeira delas foi quando o presidente da Câmara, Alexandre Campos, nomeou como um dos membros da Comissão de Ética o vereador cassado por seus pares no ano passado, na investigação de prática de rachadinha e que voltou à Câmara apoiado por uma liminar. Alexandre nomeou o vereador Lacimar Cezário para esta comissão, mas a repercussão negativa nas ruas e, principalmente, nas redes sociais fez mudar seu intento.
Para ontem, dia 21 de janeiro, foram convocadas duas reuniões extraordinárias pelo Executivo Municipal, uma para a votação de uma emenda à Lei Orgânica do Município para que fosse permitindo reajuste salarial já no primeiro ano do mandato, o que é proibido. É como se alguém que assume um cargo em uma empresa já tenha aumento salarial logo no primeiro mês de trabalho.
A intenção era que aprovada a emenda a segunda reunião extraordinária aprovasse reajuste salarial para os servidores municipais de 5,45%. Este aumento é legal e ocorre quase todos os anos. Mas atrelado a esta proposta para os servidores veio o reajuste também para prefeito, vice-prefeito e secretários municipais, com percentual maior.
Com o reajuste o salário do prefeito Neider Moreira passaria de R$ 25.123,71 para mais de R$ 30.650, o salário da vice-prefeita de R$ 12.561,85 para mais de R$ 15.325, e os salários dos secretários de R$ 9.072,44 para mais de R$ 11.068,.
O ex-vereador Marcinho Hakuna postou vídeo nas redes sociais convocando a população para se manifestar contra o aumento e a pressão do povo mais uma vez derrotou a intenção política.
Além das redes sociais dezenas de pessoas foram para a porta da Câmara na hora da reunião em manifestação contra os projetos.
Já na primeira reunião, a de alteração no texto da Lei Orgânica o prefeito foi derrotado. Eram necessário 12 votos para sua aprovação e, apesar de apenas seis votos contrários, de Kaio Guimarães, Gustavo Dornas, Ener Batista, Antônio de Miranda, Márcia Cristina e Leonardo Alves o projeto foi rejeitado. Nove vereadores foram favoráveis à emenda: Alexandre Campos, Silvano Gomes, Nesval Junior, Edênia Alcântara, Joselito, Fares José Neto, Gleison Fernandes, Carol Faria e Lacimar Cezário. Alguns destes vereadores na hora do voto deram ênfase que votavam apenas pela alteração na lei, mas o povo não engoliu a conversa, porque a alteração só tinha o objetivo de permitir o aumento salarial que o executivo chamou de recomposição salarial.

Povo foi para a porta do legislativo protestar
Redação

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