Leia com atenção: mulher cai em golpe e vira escrava sexual. Suspeito foi preso na Bahia
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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou a operação Aracne e cumpriu o mandado de prisão de um investigado, de 34 anos, suspeito de diversos crimes sexuais, nesta quarta-feira, 24, em Camaçari, Região Metropolitana da Bahia.
A vítima, de 38 anos, que fez a denúncia que iniciou a investigação, tentava se esconder do suspeito em Belo Horizonte. Ela conheceu o homem, pelo WhatsApp, mas ele se passava por uma mulher nas mensagens. A vítima estava fragilizada na época por causa do fim de um relacionamento.
A “mulher” conseguiu ganhar a confiança da vítima e sugeriu que ela fizesse fotos nuas para levantar seu astral e ainda conseguir dinheiro que estava necessitando com a promessa de que o rosto dela não apareceria e seria divulgado apenas no exterior. Ela aceitou fazer as fotos, mas nunca recebeu pagamento por elas. Ao contrário das promessas, ela passou a ser chantageada com ameaças de divulgação das fotos.
Na época o homem obrigou a vítima a se encontrar com ele e nesta ocasião a estuprou, ato que foi gravado.
Com mais uma peça para chantageá-la ele instalou um aplicativo espião e passou a exercer total controle da vida da mulher. “Ele teve acesso a chamadas telefônicas, mensagens, aplicativos, redes sociais, localização, inclusive a escuta ambiental, da vítima” disse a delegada do caso.
Depois disto ele passou a marcar encontro sexuais para ela e ficava com o dinheiro dos programas. “Com cem por cento de controle sobre ela, o suspeito começou a fazer da vítima uma escrava sexual, obrigando-a a fazer programas sexuais com outras pessoas, sem repassar qualquer valor para ela.
A vítima tentou se esconder em Belo Horizonte, mas os crimes e as ameaças não cessaram, chegando já a extorquir o dinheiro do salário dela em troca da vida dela e da família. Toda esta série de crimes sexuais durou 4 anos. Ele dizia que ela só se livraria dele se cometesse suicídio.
Em conversa com uma amiga ela foi orientada a procurar a polícia, o que ela fez no dia 12 de janeiro.
A delegada Renata Ribeiro dirigiu as investigações e em menos de 15 dias, o criminoso foi preso. Segundo a delegada este tipo de homem é um misógino, “homem sem qualquer afeto pelo gênero feminino que realmente demonstra uma aversão a mulheres, principalmente ao buscar mulheres em situação fragilizada para minar a autoestima da mulher”.
O homem, que já foi investigado e indiciado em 2016 por aliciar e fazer cerca de 40 mulheres escravas sexuais na Bahia, encontra-se no sistema prisional à disposição do Poder Judiciário baiano. Em Minas Gerais, a investigação prossegue pela PCMG para identificação de novas vítimas.
Entre os crimes que o suspeito poderá responder, estão:
indução ao suicídio,
perigo para a vida ou saúde de outrem,
extorsão,
estupro,
perseguição (ou stalking),
violência psicológica,
invasão de dispositivo informático alheio,
registro não autorizado da intimidade sexual,
divulgação de cena de sexo ou de pornografia,
mediação para servir a lascívia de outrem com emprego de grave ameaça,
rufianismo e
favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual.
Informações da Polícia Civil de Minas Gerais