Sobre o subsídio de R$ 10 milhões para a Viasul
Faz parecer natural que a empresa que explora o transporte coletivo em Itaúna vá receber permanentemente ajuda de custo dos cofres municipais, já que estava incluído na previsão de gastos para o próximo ano, o valor de 10 milhões de reais de subsídio.
Sem discutir se os vereadores devem ou não permitir este subsídio, porque nos parece certa a aprovação, pelo que a gente tem que brigar agora é para que os nossos representantes no Legislativo façam incluir no projeto os mecanismos para que a empresa respeite o usuário e não embolse tão somente os R$ 10 milhões que deve receber ainda este ano.
Já falamos aqui e voltamos ao assunto para insistir na inclusão de obrigações da empresa para ter os recursos na íntegra. Ônibus quebrou no meio do trajeto? Desconto de tantos por cento no valor a ser repassado. Falta de limpeza? Horários falhos ou suprimidos? Descontos. Melhoria da frota, mais horários, ônibus inteiros e limpos, itinerários respeitados e no horário são as exigências mínimas para o usuário poder usar do serviço de forma satisfatória.
Não pode ser entregue um valor tão significativo, que poderia ter sido usado para tantas coisas em benefício da população, sem exigir que seja de fato para melhorar o atendimento ao usuário que depende de este ir e vir em coletivos.
Os vereadores não estão falando sobre exigências, só falam que não vão aprovar (alguns), o que é uma besteira, porque aprovado será, claro. Ou é isto ou a população vai ter que pagar pelo reajuste. Então, ao invés de ficar batendo pé que não concorda, este tempo deveria ser usado para construir as emendas que conseguirão aprovação para impedir que os recursos públicos não sejam usados em benefício do cidadão itaunense. Para evitar que, mesmo depois de repassados os valores, a gente continue tendo notícias de ônibus que quebram pelo caminho, demora nos horários, de motorista estressado batendo em muros e paredes pela cidade, carros sujos.
Os vereadores precisam criar emendas que condicionam o pagamento integral do subsídio a estas melhorias. Nem deveríamos chamar de melhorias porque é o mínimo que a empresa deveria cumprir sem alguém ter que cobrar.