Subsídio: vereadores precisam criar meios de repasse ser condicionado a melhorias
É realmente uma missão quase impossível fazer os responsáveis pelo Grupo Saritur, ao qual pertence a Viasul, que explora o transporte público municipal em Itaúna, obedecer à lei.
E não é só aqui em Itaúna, em nenhum lugar onde eles prestam serviço cumprem o acordado. Nem multas eles pagam. Quem assiste aos telejornais e lê os jornais de BH, sabe muito bem disto. A empresa dá de ombros para qualquer lei, e aplicar multa também não adianta por eles coleciona multas não pagas.
Então, se o município de Itaúna vai mesmo ter que pagar para que a Viasul continue prestando o (mal)serviço na cidade, que os vereadores fiquem atentos e criem mecanismos para quando ela descumprir o acordado, e ela vai, não ser aplicada multa e sim retirado parte do que ela teria para receber, porque não acreditamos que o prefeito Neider Moreira vá repassar todo o montante de uma só vez.
Esta ideia de tirar parte dos recursos a serem pagos, foi do governo de Belo Horizonte, na tentativa de fazer as empresas (lá são várias) cumprirem o que acordaram, que é melhorar os veículos colocando manutenção em dia, fazer higiene dos ônibus, ar condicionado funcionando, portas e janelas em perfei-tas condições, elevadores funcionando, pneus em bom estado, cumprimento de horários, mais horários, assim como o restante da manutenção. A empresa também deverá ter compromisso com seus funcionários, recolhendo os seus direitos da forma legal.
Todo este cuidado na hora de assinarem o contrato para os recur-sos sejam repassados não é garantia de que eles vão cumprir, mas pelo menos é um dispositivo que o município terá para forçá-los a isto. Sem melhorias, os repasses sofrem descontos.
Os vereadores devem acabar aprovando porque virá o argumen-to de que se não tiver subsídio a passagem será reajustada e o cidadão mal aguenta o absurdo que já é hoje, de R$ 5,00.
Assim, terão que ceder, mas têm tempo suficiente para criar estes mecanismos para proteger o usuário do transporte púbico. Os recursos que serão destinados à concessionária farão falta em outras áreas da cidade, claro, especialmente na saúde.
Então, se não há remédio, que eles discutam o projeto sem esta de vereador de oposição e situação, que se juntem apenas para proteger o usuário, que é trabalhador, que não merece andar em ônibus sem manutenção, sujo, quebrando ou fazendo tanto baru-lho durante a viagem, como se as peças estivessem se soltando, que cansa e estressa o passageiro que vai ter ainda pela frente um dia inteiro de trabalho. Que pensem na segurança destes passageiros, no respeito que eles merecem e pagam por ele. E caro. Não será só aprovar, será preciso prevenir possíveis e quase certos descumprimentos do contrato e desrespeito ao usuário.