Gazeta Itaúna

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Vereadores itaunenses aprovam reajuste em seus salários, mas negam ao Executivo

Servidores do Executivo e Legislativo também tiveram 9,36 de reajuste aprovado

Os vereadores itaunenses se reuniram em extraordinária na manhã desta sexta-feira, 20, para votação do reajuste dos salários do Executivo e Legislativo.
A primeira votação foi a recomposição inflacionária nos salários dos vereadores de 9,36%. O reajuste foi aprovado pelos votos dos vereadores Alexandre Campos, Giordane Alberto, Gleison Fernandes, Lacimar Cezário, Leonardo Alves e Silvano Pinheiro.
Votaram contrários ao projeto os vereadores Gustavo Barbosa, Antônio José de Faria, Ener Batista, Joselito Gonçalves, Kaio Guimarães e Márcia Cristina. Os vereadores Carol, Antônio de Miranda e Edênia se abstiveram de votar.
O projeto seguinte foi de recomposição inflacionária para o Executivo.

O vereador Kaio Guimarães quis foi justificar seu voto contrário à recomposição inflacionária nos salários dos agentes políticos, ou seja, prefeito, vice-prefeito, diretores de autarquias, secretários municipais, procurador geral e controlador geral. Segundo o vereador, seu voto é contrário ao reajuste de 9,36%, no salário do prefeito, que hoje é de aproximadamente R$31 mil, porque seria aumentado em quase três salários mínimos, fora os recursos que seriam gastos para os novos salários dos demais cargos. Kaio lembrou que já em 2023, quem ganha a partir de um salário e meio, pagará imposto de renda (Como desde 2015 não é feita correção na tabela do imposto, mas o salário mínimo continuou tendo seus reajustes, ainda que pequenos, chegou ao limite de isenção determinado naquele ano que é de R$ 1.903,98 por mês. Se a tabela da base de cálculo fosse corrigida integralmente pela inflação acumulada nos últimos anos (134,53% até fevereiro de 2022), quem tem renda mensal de até R$ 4.465 estaria isento. Ou seja, o valor próximo dos R$ 5 mil prometidos pelo presidente Lula). “Dentro deste cenário, em que a própria população está sendo sangrada para poder beneficiar os agentes políticos não posso (deixar de) votar contrário. Votei contrário aos agentes políticos da primeira vez e voto contrário hoje”.
Já Gustavo Barbosa disse que um dos motivos que o levava a votar contra é que em 2021 teve uma recomposição inflacionaria acima dos índices inflacionários, quando seu voto também foi contrário. Gustavo disse ainda que naquele ano, “senão me falha a memória” o prefeito Neider Moreira usou todos os índices de recomposição inflacionária que haviam sido negados pelo Legislativo nos anos do seu primeiro mandato e apresentou todos de uma só vez. No final foi aprovada uma recomposição inflacionária acima da inflação. O Ministério Público, lembrou o vereador, recomendou tanto ao Executivo, quanto ao Legislativo que revissem o reajuste. Apenas o Legislativo acatou a recomendação e revogou o reajuste.
O projeto do reajuste para os agentes políticos foi rejeitado por 9 a 6.
Votaram a favor os vereadores Alexandre Campos, Giordane Alberto, Gleison Fernandes, Lacimar Cezário, Leonardo Alves e Silvano Pinheiro. Contrários os votos dos vereadores Carol, Antônio de Faria, Antônio de Miranda, Edênia de Alcântara, Ener Batista, Gustavo Barbosa, Joselito Alves, Kaio Guimarães e Márcia Cristina.
O reajuste de 9,36 % para servidores públicos do Executivo e do Legislativo, pensões e proventos de aposentadorias, bolsas-auxílio foi aprovado por unanimidade.

Alexandre sugere que reajuste suspenso em 2022, se não for ilegal, que seja adicionado aos salários atuais

O vereador Alexandre Campos, hoje vice-presidente da Mesa Diretora, mas a época dos fatos lembrados por Gustavo Barbosa era o presidente, pediu a palavra e recomendou ao atual presidente, Nesval Junior, que orientasse o procurador da Câmara para que, em contato com o Ministério Público verificasse se o Executivo, que não cumpriu a recomendação de revogar o reajuste acima da inflação, sofreu alguma. Alexandre disse que, caso o Executivo não tenha sofrido nenhuma ação, o reajuste nos salários dos vereadores aprovados naquele ano e revogado a pedido do MP, devem ser incorporados aos salários atuais.
“Se (o MP) não tiver entrado contra o Executivo quer dizer que está correto e trazer a nossa recomposição de novo, porque foi aprovada por esta casa, mas a gente preferiu escutar o MP. Mas, senão tiver nada de errado nada mais justo a gente aplicar novamente aquela recomposição salarial. Então fica aqui a minha solicitação, obrigado”.

Redação

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