Uma vez ogro, sempre ogro
Na primeira vez que foi eleito, Bolsonaro, por ter sido atacado, não participou de debates, não pode apresentar propostas para o Brasil. Neste ano, nos debates, ele continua sem apresentar nada. Fica só na promessa de continuar com o auxílio de R$600,00, o que não deve acontecer porque não está no orçamento de 2023. Mas, a maioria de seus apoiadores, é gente que não precisa de qualquer ajuda financeira, mas que apoia a reeleição pelos projetos que tirarão os direitos dos trabalhadores e assim, diminuir o que os patrões terão que pagar aos seus funcionários.
Mas voltando à ausência de propostas, ontem no debate que virou entrevista na rede Record, em tipo 80% das perguntas Bolsonaro respondia ainda atacando o outro candidato, Lula. Assim, ele completava o tempo sem ter que falar de propostas. Como em todas as vezes que vai falar em público dizia: “o outro lado, o outro lado…”
A gente sente muito o receio que ele tem de não ganhar. Este novo personagem, de menino penteadinho, um sorriso esquisito, abraçando e chegando mais próximo de pobres não convence.
Devia aproveitar estes momentos que não tem ninguém para atacá-lo ou desmentir e falar do que pretende para o país, da maneira como pretende governar para tirar o Brasil deste estado de tanta miséria.
E na Record, Bolsonaro chamou Lula de fujão. Não é correto. Lula nunca aceitou, se comprometeu a participar de debates na Record e no SBT.
No fim, Bolsonaro sempre será Bolsonaro, na minha opinião, um ogro que tenta parecer bonzinho, mas ogro é sempre ogro.