100% dos tanqueiros estão parados em Minas
Dois caixões na porta de uma distribuidora, em Betim, simbolizam a “morte do frete” (Reprodução)
A paralisação dos tanqueiros, caminhões que transportam combustíveis, atingiu hoje 100% em Minas.
Desde madrugada os caminhoneiros cruzaram os braços, mas não há interdição nas estradas do Estado.
O movimento começou em Minas, mas tanqueiros de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo também estão parados.
A principal reivindicação é que o governo se sensibilize com a categoria e baixe o preço dos combustíveis. O preço do diesel representa, segundo eles, 70% do frete. O governo chegou a falar em auxílio de R$ 400 ao que o sindicato respondeu que não querem esmolas.
A paralização foi anunciada há alguns dias por causa dos altos custos dos combustíveis. Os caminhoneiros reclamam ainda do ICMS dos combustíveis praticado em Minas Gerais.
Em Betim, em frente a uma distribuidora de combustíveis, os manifestantes deixaram dois caixões, a “morte do frete”.
Ajuda
Bolsonaro estuda benefício para a categoria no valor de R$400 que custaria no total cerca de 4 bilhões de reais aos cofres públicos mas, o sindicato foi taxativo em dizer que a greve não tem data para acabar, que não querem esmolas e ficarão de braços cruzados até que o governo negocie com os caminhoneiros.
O presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes, também não vê eficácia no projeto que foi aprovado pela Câmara dos Deputados para reduzir os preços dos combustíveis. “Isso é apenas tampar o sol com a peneira”.